A pré-eclâmpsia é a maior causa de morte materna no município de São Paulo. Em todo o mundo, a condição afeta entre 1,5 e 16,7% das gestações, resultando em 60.000 mortes maternas a cada ano. Para falar do assunto, a Área Técnica da Mulher, da Secretaria de Estado da Saúde, e o Comitê de Mortalidade Materna, do Município de São Paulo, realizam evento online no dia 22 de maio, Dia Mundial de Conscientização sobre a Pré-Eclâmpsia.
A transmissão tem início às 10 horas, com palestra sobre o tema ministrada pelo professor Nelson Sass, titular do Departamento de Obstetrícia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), onde desde 1995 é professor é responsável pelo Setor de Hipertensão Arterial, Nefropatias e Transplantes Renais na Gravidez. Também é membro da diretoria da Rede Brasileira de Estudos sobre Hipertensão na Gravidez (RBEHG).
Inscrições para o evento podem ser realizadas acessando aqui.
Vale lembrar que o Cremesp participa do Comitê de Mortalidade Materna do Município, por meio dos médicos Temístocles Pie de Lima, delegado superintendente da Regional metropolitana Leste do Cremesp, e Vicente Jose Salles de Abreu, chefe da Seção de Fiscalização da Casa. O Comitê é atualmente presidido pela médica Cláudia Maria Ricardo Serafim Giaccio.
A pré-eclâmpsia
O mês de maio é conhecido como o Mês Mundial da Hipertensão, sendo 22 de maio designado como o Dia Mundial de Conscientização Sobre a Pré-Eclâmpsia.
Trata-se de uma síndrome multifatorial, com ativação inflamatória capaz de comprometer múltiplos sistemas, classicamente diagnosticada pela presença de hipertensão arterial associada à proteinúria ou disfunção de órgãos-alvo, que se manifesta em gestante previamente normotensa, ou eleva a pressão arterial em gestante previamente hipertensa, após a 20ª semana de gestação.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os distúrbios hipertensivos da gestação constituem importante causa de morbidade grave, incapacidade de longo prazo e mortalidade tanto materna quanto perinatal. As morbidades graves associadas à pré-eclâmpsia, com potencial determinar a morte materna incluem insuficiência renal, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca, edema pulmonar, coagulopatia e insuficiência hepática. As complicações fetais e neonatais resultam principalmente de insuficiência placentária e da frequente necessidade de resolução prematura da gestação e suas inerentes complicações.
No Brasil, estudo realizado há uma década, que incluiu 82.388 gestantes atendidas em 27 maternidades de referência, relatou prevalência geral de 5,2 casos de eclâmpsia por 1.000 nascidos vivos, variando de 2,2 casos em áreas de alta renda a 8,3 casos por 1.000 nascidos vivos nas consideradas de baixa renda. A eclampsia representou 20% dos desfechos maternos graves.
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