Uma das situações que a pandemia trouxe foi a diminuição no número de atendimentos presenciais em consultas de rotina. Ou seja, perdeu-se aquele momento em que o pediatra poderia perceber alguma alteração de comportamento da criança ou do adolescente e ouvir da família se houve mudanças nesse período. “Quando pensamos no combate ao consumo de drogas – lícitas e ilícitas – na faixa etária pediátrica, o mais importante é a prevenção, o que se faz discutindo o assunto com a família e seus filhos, estando atento a situações de risco.
Também, o olhar atento do pediatra e de todos que se relacionam com as crianças agindo prontamente, se apresenta como uma medida fundamental no combate a tal mal. Portanto, nossa campanha Julho Branco: com consciência, sem drogas torna-se fundamental neste momento, pois a dificuldade de acompanhamento devido à escassez de consultas presenciais dificulta a percepção de alterações comportamentais em crianças e adolescentes. Além disso, as mudanças comportamentais podem estar sendo atribuídas à situação de pandemia e isolamento social que todos estamos vivendo. Perdemos a possibilidade de fazer um diagnóstico mais preciso e corremos o risco de estar mascarando situações e comportamentos com a desculpa de que tudo esteja relacionado este momento difícil”, alerta Claudio Barsanti, coordenador das campanhas da SPSP.
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