Além dos leitos hospitalares, as equipes de saúde da família (ESF) são outro importante ambiente de prática para os estudantes de medicina. Mas, também são insuficientes para servir a grande quantidade de estudantes de medicina que entram anualmente nas faculdades. O ideal seriam três alunos por equipe, mas em 54%faltam equipes e sobram estudantes.
Os problemas são maiores nos municípios com menos de 50 mil habitantes, onde a densidade é de 8,2 alunos por cada ESF. É como se fossem oito estudantes acompanhando uma equipe formada geralmente por um enfermeiro e um médico, atendendo em um ou dois consultórios e indo na casa dos pacientes. A melhor proporção está nos municípios com mais de 500 mil habitantes, onde a densidade é de 2,0.
Na comparação entre os estados, sete têm uma densidade maior do que a ideal: Pará (4,8), Tocantins (4,2), Rondônia (4), Espírito Santo (3,7), Alagoas (3,4), Paraná (3,1) e Goiás (3).
Júlio Braga pontua que onde faltam UBS, equipes de saúde da família e leitos também faltam médicos e, principalmente, preceptores para acompanhar os estudantes. “Se o município não tem UBS em número suficiente, como vai ter um médico treinado e qualificado para acompanhar o estudante?”, questiona.
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