O Conselho Federal de Medicina (CFM) voltou a defender nesta terça-feira (15) a qualificação do ensino médico e a aplicação periódica do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida). Durante audiência realizada a convite do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), Danilo Dupas Ribeiro, o diretor José Hiran Gallo ofereceu o apoio da autarquia aos projetos que tenham como objetivo aperfeiçoar o processo de formação dos profissionais e de avaliação das escolas médicas.
“Ficamos muito satisfeitos com o convite para esse diálogo para discutir soluções ao futuro da formação médica. Ao abrir seu gabinete para o CFM e se debruçar sobre estes temas de forma ativa, o INEP fortalece seu compromisso com o ensino superior e com a saúde da nossa população”, destacou Hiran Gallo, que a partir de abril deste ano assume a presidência da autarquia. Segundo ele, existem questões das quais ó CFM não abre mão e uma delas é o Revalida. “Todo médico – brasileiro ou estrangeiro – formado no exterior é bem-vindo para atuar no Brasil, desde que seja aprovado no Revalida”, disse.
Acompanhado de outros dois conselheiros, Jeancarlo Cavalcante e Rosylane Rocha, ele também apresentou ao gestor algumas das preocupações da classe com o processo de revalidação. “O Revalida deve ser a única forma de acesso dos portadores de diplomas de Medicina obtidos no exterior ao mercado brasileiro”, completou Jeancarlo. O conselheiro alertou, por exemplo, para a existência de candidatos formados em escolas no Paraguai e que não são sequer reconhecidas pelo Ministério da Educação daquele país.
Para Rosylane Rocha, o apoio do CFM ao Revalida pode contribuir para a qualificação da formação médica e, consequentemente, da assistência em saúde oferecida à população. Também participaram da reunião, na sede do INEP, o diretor de Avaliação da Educação Superior (DAES), Álvaro Luís Parisi; o coordenador-geral de Controle de Qualidade da Educação Superior, Ulysses Teixeira; a procuradora-chefe substituta do INEP, Simone Leite Ferreira; juntamente com técnicos e assessores do Governo e do CFM.
Avaliação do ensino – Durante o encontro, também foram discutidos outros aspectos da formação e da avaliação de estudantes e de cursos de medicina. Na oportunidade, o presidente do INEP anunciou a intenção de avaliar o desempenho de escolas médicas. Para Hiran Gallo, a proposta pode ser bem-vinda se proporcionar às instituições a adoção de medidas corretivas apontadas pelos avaliadores.
As lideranças médicas também aproveitaram para levar ao conhecimento do presidente do INEP o Sistema de Acreditação de Escolas Médicas (SAEME), instrumento de apoio criado pelo CFM e que tem como missão qualificar o ensino médico. “Em diferentes oportunidades, o CFM denunciou os problemas relacionados a abertura indiscriminada de escolas médicas. Por isso, o SAEME procura reconhecer os pontos positivos da escola e orientar sobre como aprimorar o ensino e a infraestrutura”, pontuou Gallo.
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