Fevereiro marca o período de volta às aulas, mas também é o mês da campanha contra o bullying e o cyberbullying, promovida Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), com o apoio do Conselho Federal de Medicina (CFM). Neste ano, a campanha está centrada na divulgação da lei 14.811/2024, de autoria do deputado Osmar Terra (MDB-RS) e sancionada recentemente, que impõe penalidades para quem praticar esses dois tipos de crimes e estabelece a Política Nacional de Prevenção e Combate ao Abuso e Exploração Sexual da Criança e do Adolescente.
“O CFM, como instituição preocupada em diminuir esses dois tipos de violência que atingem principalmente crianças e adolescentes, está engajando na campanha, para que mais pessoas saibam que o bullying e o cyberbullying são crimes que precisam ser combatidos”, afirmou o presidente do CFM, Hiran Gallo. “O bullying pode ter impactos significativos na autoestima e na saúde mental de nossas crianças e adolescentes, podendo resultar até mesmo em transtornos como ansiedade e depressão. Combater o bullying é fundamental para promover um ambiente seguro e saudável para elas”, argumentou o presidente da ABP, Antônio Geraldo.
O CFM e a ABP, como instituições engajadas na disseminação do conhecimento e defensora dessa causa, destacam a importância de abordar o bullying como uma questão de saúde pública. É importante que o poder público una esforços a fim de promover debates e ações efetivas para combater essa prática e garantir um ambiente mais seguro e saudável para nossas crianças e adolescentes.
O bullying, muitas vezes praticado nas escolas, é reconhecido como um dos principais fatores que contribuem para a falta de interesse nos estudos, baixo desempenho e evasão escolar. Esta prática tornou-se ainda mais prevalente com a pandemia, intensificando o cyberbullying, uma forma de bullying virtual. A conscientização sobre a gravidade dessas agressões e qualquer forma de bullying ou ações que buscam inferiorizar alguém, é prejudicial à saúde mental.
Segundo levantamento realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança, cerca de 38% das escolas brasileiras dizem enfrentar problemas com bullying. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizou uma pesquisa que apurou que entre estudantes do sexo masculino, principalmente adolescentes entre 13 e 17 anos, subiu de 32% para 35,4% entre 2009 e 2019. Já entre as mulheres, o percentual cresceu de 28,8% para 45,1%, no mesmo período.
Para saber mais sobre a campanha, acesse AQUI.
Se você está interessado em saber os sinais que seu filho ou familiar pode emitir caso esteja sofrendo bullying, acesse a cartilha “Bullying não é brincadeira, delete esta ideia”.
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