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CFM defende adoção de medidas para qualificar o ensino médico no País


O estabelecimento de critérios para a abertura de novas escolas médicas foi defendido pelo presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran Gallo, e pela secretária-geral da autarquia, Dilza Ribeiro, em audiência com a nova Secretária de Regulação e Supervisão da Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), Helena Sampaio.


Na reunião nesta sexta-feira (10), em Brasília, os representantes do CFM sugeriram a adoção de medidas para qualificar a formação dos futuros médicos.


Educação – Na reunião, a secretária Helena Sampaio ressaltou que este primeiro encontro do CFM com o Ministério da Educação era o momento certo para “ouvir e restabelecer o diálogo com entidades que querem a melhoria da educação do país”. Durante a reunião, o CFM voltou a se colocar à disposição do MEC para contribuir com as discussões acerca da necessidade de reorientação da formação médica em cursos de Medicina no Brasil.


Durante a conversa, o CFM apresentou à secretária do MEC as preocupações da categoria com aspectos do ensino médico que interferem diretamente no exercício da medicina no País. Na oportunidade, o presidente José Hiran Gallo lembrou que Sistema de Acreditação de Escolas Médicas (Saeme), mantido pelo CFM, pode ser uma instância de suporte no processo de avaliação dos cursos médicos.


Formação – O presidente do CFM defendeu a urgente inclusão do tema na agenda do governo, uma vez que a Portaria nº 328/2018, que suspende os editais para abertura de novas vagas e escolas médicas, tem validade até abril de 2023. Ele ainda ressaltou as complicações decorrentes do aumento do número de cursos num curto período. “Entre 2011 e 2022, o total de escolas médicas no País passou de 162 para 389. Desse total de cursos, 42,9% (167) foram criados nos últimos dez anos, sendo que que 53,4% (208) estão no Sul e no Sudeste. Não temos equipamentos médicos suficientes para suportar uma demanda tão grande”, pontuou.


Gallo lembrou que apesar de algumas escolas terem conseguido na justiça autorização para abrir novas escolas, a moratória foi importante para evitar um aumento maior da população médica sem o devido lastro de qualidade na formação, pois quanto maior o número de escolas, menor a infraestrutura, corpo docente e campos de estágio. “Temos a responsabilidade de entregar à sociedade médicos bem formados”, defendeu.



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